Em 1966 a GM lança o projeto do primeiro carro brasileiro com a marca Chevrolet, "OPALA". O nome é dado pela fusão de dois produtos da GM no exterior (Opel e Impala).
Após dois anos de expectativa, o Chevrolet Opala é finalmente apresentado ao público brasileiro, no Salão do Automóvel em 1968, precisamente aos vinte dias do mês de novembro. Ele chega em quatro versões, todos quatro portas - Opala com 4 e 6 cilindros e Opala De Luxo também 4 e 6 cilindros, todos excepcionalmente confortáveis para seis pessoas, bancos dianteiros inteiriços, câmbio de três velocidades à frente com alavanca na coluna de direção, painel com poucos instrumentos, amplo porta malas e boa dirigibilidade.
Ambas as versões do Opala possuíam mecânica convencional. O motor refrigerado a água, com válvulas na cabeça e comando no bloco. O modelo 6 cilindros era um dos veículos nacionais mais veloz devido a relação peso/potência e de maior aceleração (0 a 100 em 13,3 s). Dois anos depois (1970), a linha Opala começa a se diversificar - é lançada a versão Opala SS (Separetd Seats ou Assentos Separados) e Opala Gran Luxo com motores mais potentes.
O Opala SS possuía o câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho e faixas pretas, tornando-o mais esportivo.
No ano de 1971 surge o Opala cupê, não possuia colunas laterais, o teto puxado para trás e perfil alongado, assim representava uma imagem mais esportiva, de carros compactos. Em seguida desapareceu a versão SS quatro portas, pois pelo aspecto esportivo era favorável sua apresentação em duas portas.
Como opção permanente era oferecido dois tipos de caixa de mudanças: Três velocidades e alavanca na direção, ou quatro velocidades e alavanca no assoalho, onde a segunda opção oferecia maior agilidade, economia de combustível e melhor desempenho, especialmente para os modelos quatro cilindros.
Foi em 1973 que toda linha Opala sofre as primeiras modificações. A que obteve maior resultado foi a da mecânica do 4 cilindros: aumentou-se o diâmetro dos cilindros e reduziu o curso dos pistões. Esse motor recebeu o nome de 151 e apesar da pequena alteração da cilindrada (2474cc), houve um considerável aumento de potência. Também foi introduzido o sistema de transmissão automática, sendo opcional para 6 cilindros, e em 1974 se estendia para os veículos 4 cilindros.
Raio X do Opala
Somente em 1975, o Chevrolet Opala sofre a maior modificação no seu estilo, foram redesenhadas as partes traseiras e dianteiras. O capô recebeu um ressalto central e, para maior segurança, redondos encaixavam-se em molduras quadradas; as lanternas dianteiras foram instaladas na ponta dos pára-lamas; a grade dianteira, pintada em preto fosco, agora apresentava dois frisos horizontais. Instalados na parte traseira, quatro lanternas redondas, as duas internas funcionavam apenas como refletores e seu centro branco como luz de ré. A parte interior também sofreu modificações estilísticas.
A Família continuava a crescer: a perua Caravan chegava ao mercado em 1975. Um projeto iniciado em 1971, apresentado em uma única versão 4 cilindros, a perua Caravan, podia receber opcionais como motor 6 cilindros, transmissão automática, câmbio três ou quatro marchas, direção hidráulica ou outros, à escolha do comprador.
Caravan Station Wagon com motor de quatro ou seis cilindros e transmissão automática opcional.
Lançou-se simultaneamente, nas versões cupê e quatro portas, o Chevrolet Comodoro que substituiria o Gran Luxo. Intitulado como o carro de maior status da linha, normalmente vinha equipado com motor 6 cilindros de 4.100cc, 184 cv de potência e 4000rpm, carburador de duplo corpo, transmissão manual de quatro marchas (ou automática) e direção hidráulica.
A GMB lançou um carro especial: O cupê 250S, um carro com maior desempenho que satisfez os compradores de modelos esportivos. Sua maior diferença era a preparação efetuada no motor de 6 cilindros, que tinha a relação de compressão aumentada para 8,0:1, comando de válvulas trabalhado e carburação dupla. A potência passou a ser de 153 cv, superior a antiga, desse modo o Opala 250S obtinha a aceleração de 0 a 100Km/h em apenas 10s.
Surgi o Opala em versão básica em duas ou quatro portas de motor 4 cilindros, substituindo os modelos Especial e De Luxo que saia do mercado. O modelo básico estava preparado para aceitar transformações com diferentes opcionais: motor de seis cilindros ou 250S; câmbio de três ou quatro marchas, manual ou automático; e direção hidráulica entre outras modificações. Assim a partir de um modelo básico era possível obter qualquer modelo da linha, desde o antigo Especial até o modelo Comodoro.
Em 1975 os veículos foram equipados ainda com freio a disco nas rodas dianteiras, duplo circuito hidráulico, câmbio de três velocidades na coluna da direção e barra estabilizadora traseira. A mecânica era encontrada em quatro versões: Motor 151básico (4 cilindros, 2474 cc e 90cv); Motor 151 S (4 cilindros, 2474 cc e 98 cv); 250 (6 cilindros, 4098 cc e 148 cv) e 250 S (6 cilindros, 4098 cc e 153 cv).
Manteve-se a produção da linha esportiva mais simples - SS 4 cilindros com motor 151S e SS 6 cilindros com mecânica opcional do 250S, lançado em 1976 para se eternizar na mente dos apaixonados.
Em 1978, apesar de poucas mudanças na linha, a Caravan também ganhou sua versão SS.
Em 1980 é lançado o Diplomata, top de linha, que contava entre outros com direção servo-assistida e condicionador de ar, como item de série. O Diplomata conquista preferência executiva para aqueles que procuravam total conforto sobre rodas.
No ano de 1981, a linha sofre modificações interiores - volante inovado e painel mais atual. Em seguida lança-se a série Silver Star. No ano de 1983 o câmbio de 5 marchas entra no mercado.
Comodoro 1984
As modificações ganham maior impacto deixando o Diplomata com aspecto mais agressivo - 1985. A estética externa do Diplomata ganha largas molduras laterais e faróis auxiliares de longo alcance. Internamente, instrumentos com novo designer e a evolução elétrica para controles dos vidros e retrovisores.
A nova frente, com faróis trapezoidais e lanternas traseiras por toda a largura do veículo é introduzido nos modelos fabricados em 1988, por dentro o volante de três raios escamoteável em sete posições e opcionais inéditos com alarme sonoro para lanternas e faróis quando ligados, controle temporizado dos faróis e luz interna, vidros elétricos com temporizador e ar condicionado com extensão para o banco traseiro (Para o Diplomata SE estes itens eram de série).
O potente motor 250S a gasolina, somente era oferecido sob encomenda e foi substituído por um modelo alemão, câmbio automático de quatro marchas e bloqueio do conversor de torque.
Ao lançamento do modelo 90 o motor de 4.1 litros, ganhava suavidade em seu funcionamento, potência e menores emissões. Os pistões ganhavam mais leveza e utilizavam bielas mais compridas, as mesmas dos 4 cilindros, resultando em forças laterais menores, agindo sobre os pistões. Foram modificados o carburador, agora Brosol 3E, coletores de admissão e em conjunto com a curva de avanço do distribuidor. Assim, a potência alterava de 135 cv para 141cv nos motores a álcool, e de 118cv para 121cv para os a gasolina.
Pára-choques envolventes e janelas sem quebra-vento, chegaram com o modelo 91, as rodas receberam aro 15, pneus 195/65. Para a mecânica, alterava-se os freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica Servotroni, de controle eletrônico.
Caravan Diplomata
de 92, espaço,
luxo e conforto,
aliado a potência e
durabilidade do
motor Chevrolet.
de 92, espaço,
luxo e conforto,
aliado a potência e
durabilidade do
motor Chevrolet.
A fabricação do fenômeno da industria automobilistica é encerrada. O último Opala é fabricado, no dia 16 de abril de 1992, saindo de linha a mais poderosa produção de conforto, durabilidade e potência, motivo evidente que deixa até hoje milhares de admiradores, que mesmo após 13 anos o consideram "O Imbatível".
Linha do Tempo
Ao anúncio do lançamento do primeiro carro brasileiro da General Motors do Brasil, feito "em memorável reunião com a imprensa, rádio e TV, no dia 23 de novembro de 1966, no Clube Atlético Paulistano", seguiram-se dois longos anos de expectativas no mercado.
Antes do lançamento, os protótipos do Opala percorreram, ao todo, mais de 500 mil quilômetros, equivalente a 16 viagens de São Paulo ao Alasca, testando não só a resistência e durabilidade dos componentes, como o veículo como um todo.
O Vl Salão do Automóvel, realizado entre os dias 23 de novembro e 8 de dezembro de 1968, foi a vitrine escolhida pela GMB para desvendar seu produto. Num palco giratório, montado em um estande com 1.500 m², o Opala "dominava os olhares", conforme noticiava a imprensa da época.
O programa de lançamento do Opala foi um dos mais completos da época. Além do cuidado com sua apresentação para o público no Salão do Automóvel, a GM apresentou o carro à imprensa do País, reuniu todos os concessionários e preparou duas grandes festas de confraternização para seus empregados nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos.
O Opala quatro cilindros, luxo, recebeu, em 1970, o troféu "carro mais perfeito do ano" - instituído pelo programa "Carro é Notícia" da TV Rio, Canal 13.
O Carro foi testado por mais de oito meses pelos jurados e concorreu com 15 outros modelos nacionais.
"Sinto muito, mas não achei nada errado." Observação do presidente da General Motors do Brasil, J. F. Waters, no relatório de teste do veículo, coordenado pela auditagem de qualidade.
"Sinto muito, mas não achei nada errado." Observação do presidente da General Motors do Brasil, J. F. Waters, no relatório de teste do veículo, coordenado pela auditagem de qualidade.
Especial, De Luxo, Gran Luxo e SS - Super Star foram os modelos lançados na linha 72 do Opala, nas versões sedan 4 portas e coupé fast-back.
Com motores de 4 e 6 cilindros, freios a disco e câmbio de 3 marchas sincronizadas (4 marchas sincronizadas como opcional) a linha 72 surpreendeu o mercado.
Crescendo quase em progressão geométrica, em 3 de agosto de 1970 já está sendo fabricado o Opala número 50.000. Quatro anos depois, em 1974, já são 300.000 os Opalas Produzidos.
Mais quatro anos, em 1978, e atinge-se a marca de 500.000 Opalas. Neste ano a novidade ficou pelo exclusivo acabamento na cor vinho para a versão De Luxo.
Mudanças que conferiram aos novos modelos características mais modernas e elegantes foram as grandes novidades da linha Chevrolet 80. O Opala teve a frente, a traseira, o capô, as grades, faróis, lanternas, pára-choque e pára-lama reestilizados, e passou a ser apresentado nas versões Comodoro e SS.
Já na linha Opala Caravan, a principal inovação foi o novo desenho da lanterna traseira, agora acompanhando o contorno da terceira porta.
O aperfeiçoamento dos ítens de conforto e segurança do Opala foram a preocupação da GM ao longo dos anos. Na linha 87, tranqüilamente consolidado em sua faixa de mercado, o Opala foi lançado com um novo revestimento interno, porta-pacotes acarpetado, interior em tons grafite e tabaco, e nova moldura lateral externa.
Para a linha 92 a GM ainda reservou inovações. Ao espaço, luxo e conforto dos veículos, além da potência e durabilidade do motor Chevrolet, que há tanto tempo vinha conquistando cada vez mais consumidores, veio se somar ainda o conforto da transmissão manual de 5 velocidades overdrive para o motor de 6 cilindros.
A linha Opala da Chevrolet, a primeira linha de veículos de passeio da GM do Brasil, esteve no mercado durante 23 anos. Do primeiro Opala a sair de fábrica, com sua cara hoje tão antiga, ao clássico Opala Diplomata, muita história se passou.
Em abril de 1992 a GM comemora a fabricação de um milhão de Opalas e anuncia o fim da sua produção no País.
Fonte: www.opalaclube.com
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